domingo, 1 de março de 2009

Diário: Relatos de um final de semana

Hoje é Domingo, oficialmente o primeiro dia da semana.Dia que nunca foi muito convidativo.

Começo o meu relato na sexta-feira de manha e pretendo contar todas as impressões que tive desde aquele momento até este em que me encontro.

Seis e meia da manha de sexta-feira, acordo com a ajuda de minha mãe que leva até a minha cama minha vitamina como sempre.Ela diz que preciso acordar rápido para pegar uma carona com meu pai, que me levara até a junta militar do Guará.Tinha que ter ido jurar bandeira na sexta feira anterior , porem , como minha memoria é muito boa , simplesmente me esqueci e o juramento foi remarcado para a enunciada sexta-feira.

Sai com meu pai , cheguei até a junta.Lá falei com uma servidora que por sinal foi extremamente educada e simpática. Entrei numa salinha minúscula que provavelmente é onde a chefe desta moça trabalhava, la se encontrava uma grande bandeira do Brasil, meio no canto , guardada.Ela pediu meu documento de reservista e me convidou a aproximar-me da bandeira e erguer minha mão direita para iniciar meu juramento.

Ela pegou um texto de mais ou menos uma pagina completa e la estava escrito algo que certamente milhares de homens já teriam lido.Ela então começou a ler , e mandou eu repetir cada vez que ela fizesse uma pausa.Fiz tudo como ordenado, contudo , era tudo muito chato, fui escorar-me na parede e ela me reprimiu.Ainda no meio do texto tinha que dizer algo mais ou menos assim:"Comprometo-me a estar sempre pronto a servir a minha pátria e a dar a minha vida caso seja preciso por ela".Quando falei isso abri um leve sorrisinho de canto de boca, pois na atualidade duvido muito de mim mesmo , duvido muito que daria a minha vida para proteger o meu pais.Pais este que mesmo que todos seus habitantes saibam que vivemos num antro de corrupção e promiscuidade politica, mesmo assim não fazemos nada para mudar, e logo podermos nos orgulhar do pais que somos.

Resolvida a primeira parte do meu dia.

Depois disso acho que ainda eram nove horas da manha, e fomos até a casa de minha tia para eu poder ir ao banheiro e para meu pai deixar umas latinhas que estavam no carro dele para a minha tia.Chegando la fui ao banheiro e meu pai foi tomar café com minha tia e uma amiga que se encontrava com ela .Neste momento começou a parte mais chata que teria que aguentar neste dia de começo de final de semana.

Meu pai posso dizer sem vergonha e com total convicção é um falso moralista, que procura a igreja por algum motivo que ainda não consegui desvendar e depois mesmo fazendo coisas visivelmente erradas quer dar lições de moral nos outros.

Lá na casa da minha tia, esta amiga , que tem como religião algo que se chama testemunhos de Jeová,começou a discutir com ele sobre os assuntos relativos a Deus e suas ações.O que mais me chamou atenção, nesta conversa , que apenas escutei e não tomei parte em nenhum momento, foi quando a amiga de minha tia disse que os seus filhos haviam pecado pois sua neta era horrível, pois pelo que entendi ela teria nascido com síndrome de down.

Achei horrível essa associação , que remonta aos tempos gregos , quando os bebes eram sacrificados se não aprovados pelo chefe da população.Que assim fosse, que estes bebes fossem sacrificados então, para não ter que sofrer com pessoas assim, que mesmo sendo familiares ainda possuem um preconceito que com certeza afetará a vida desse novo serzinho que surge neste mundo cruel.E o pior, esta amiga de minha tia , usou argumentos religiosos, baseados no nome de Deus.

Será mesmo que Deus é que fala para que criancinhas nasçam deformadas, e diferentes de outras? Será mesmo que este Deus apoia as guerras entre os povos, que na hora que matam outro ser humano , como ele mesmo , dizem que estão fazendo isso em nome do todo poderoso?

Caso sejam estas respostas afirmativas, não quero idolatrar este Deus que me envergonha.Por isso sei que esta senhora amiga de minha tia está errada.Pois o meu Deus , caso ele exista é um Deus de amor, compaixão e benevolência, um Deus que todas as concepções boas criadas pelo ser humano nele estarão presentes.

Acelerei meu pai para que fossemos embora, pois já não aguentava mais aquela conversa , que ao meu ver, era inadequada e ignorante.

Depois disso, já atrasado pedi ao meu pai que me deixasse no cursinho pré vestibular onde havia feito o intensivo antes do vestibular tradicional da UnB.Muito relutante ele me deixou la, e foi embora.Depois fiquei sabendo por ele mesmo que na hora que ele tinha me deixado la , ficou ainda um tempo me olhando para ver o que faria.Mais uma percepção: que idiota, falta de confiança e pouca educação, espreitar o que o filho faz , nove horas da manha é muito para minha cabeça. Acrescento que caso um dia tenha filho não quero fazer isso .

Voltei para casa 1 e pouco da tarde, almocei e escrevi a postagem intitulada "Biografia" que ajudara muito na compreensão deste.

Segunda parte do meu primeiro dia de final de semana:

Voltei para a asa sul 8 horas mais ou menos e fui até um restaurante japonês para dar apenas um abraço na namorada de um grande amigo, mas não iria comer, pois depois dali teria que passar ainda em dois outros lugares.Minha percepção deste momento? Boa muito boa, pois como já disse me sento bem em estar com amigos e conhecer gente nova.Desta parte não tenho nenhuma analise a fazer.

Depois um amigo me deixou do outro lado da asa sul na casa de um colega, que fazia aniversario.Lá deviam estar , mais ou menos, vinte pessoas das quais era amigos de umas 4 ou 5.O que me chamou mais atenção nesta parte, foi que um amigo , quando estávamos conversando sobre uma menina que ele gostava e tinha namorado , ele disse que ainda gostava dela e queria voltar a serem amigos.Foi engraçado perceber como certas pessoas passam em nossas vidas e marcam extremamente, de uma forma inesquecível e única.

Depois de lá , fui a pé até a casa de uma amiga.

Nesta parte apago as luzes.

Sábado!

No outro dia, muito cansado, acordei as nove horas e fui ate o cursinho novamente, mesmo já estando com vergonha por ir la dois dias seguidos, falar com o pessoal que estava estudando para passar onde eu já tinha passado.Mesmo assim fui , passei na casa de um amigo para pegar roupa emprestada e fui falar com as mesmas pessoas que havia falado no dia anterior.Impressão: desespero, vi pessoas tranquilas, mas muitas já estavam estressadas por terem que esperar 6 meses para fazer a prova de meio de ano da UnB.Fiquei feliz por não estar lá.

Voltei a casa de minha amiga, almocei, dormi , acordei e fui ao bar onde outro amigo estava comemorando seu aniversário.Encontrei muita gente e foi muito divertido, apesar de não ter gostado do bar , pois achei demorado, desorganizado e no final a conta ter vindo errada.

Vou tentar acelerar meu relato pois pelo que vejo este texto já esta gigantesco e cansativo, tenho quase certeza que ninguém ira ler ate aqui , onde escrevo agora.

Pergunto-me que fazer com as minhas raivas.Eram se não me engano, cerca de meia noite quando liguei para minha casa pedindo para alguem me buscar, sendo que de tarde já tinha combinado que alguem me buscaria, pois como eu volto sempre de metro , sábado nao haveria como pois ele fecha as sete horas.

Falei com meu pai e nada, meu irmao mais velho e nada, meu irmao do meio que deveria ir me buscar, mesmo que pagando não foi, e alem de tudo isso , no telefone mesmo tive que escutar todo mundo reclamando me chamando de folgado.O que me irrita é que tenho dezoito anos e ainda nao tirei a minha carteira, em comparaçao as meus dois irmaos que tiraram carteira de motorista logo que fizeram dezoito anos e depois de um ano ganharam um carro.Minha mae quando meu irmao, na sua epoca, foi tentar entrar na Universidade disse que si ele passasse, ele ganharia um astra top, que na epoca era um dos mais escrotos, no meu caso nem um picole foi ofertado.

Não reclamo por nao ter carro, muito menos carteira , até por que eu tenho ambições de comprar um carro eu mesmo, com o dinheiro que conseguirei trabalhando.Mas o que me irrita é ter que aguentar eles falando que sou folgado, metido e tals , sem nenhuma justificativa, sendo que a unica coisa que queria era que alguem me buscasse, com a resalva que pagaria eu mesmo a gasolina.Conclusão: são coisas assim que me distanciam cada vez mais de meus familiares, nao tenho raiva nem nada deles, mas sim de suas atitudes , e ai volto ao temas que já escrevi sobre sair de casa.

Acabei voltando para casa com uma amiga que com certeza me acha folgado mas que mesmo assim finge nao se importar.

E assim acaba minha sexta e meu sábado.

Vou escrever o que aconteceu em meu domingo na proxima postagem pois assim quemnão chegar ate aqui achara que escrevi uma postagem diferente.

Até eu estou cansado de falar de tanta coisa inutil.

Porém o proximo realmente será um bom desfecho.

Um comentário:

  1. gostaria de com suas eloquentes frases voce apenas nao se fizesse de desprovido e agradecesse as vezes que alguem fizesse algo a seu respeito, e nao se lembrasse ou, ou ainda dissertesse apenas das vezes em que sua solicitaçao nao fosse atendida. Todos passam por fases dificeis e por essas situaçoes meu caro, nao pense que o único...

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